REGENERAÇÃO PLANETÁRIA
"Amanhã, quando as flores desabrocharem, sentirás o perfume a inebriar seus pensamentos.
A glória é o pensamento ao Alto! É momento de reflexão, de serenar o coração. O tempo é relógio a nos conduzir a Verdade. O trabalho, o motivo de nossa existência. Trabalheis com a fé dos cristãos. Tenhas a fé que vos falta para a realização de suas missões e cumprimento de provas.
A sorte não existe. O merecimento é o que vos conduz aos benefícios concedidos por Deus.
Os fatos não fazem parte de equívocos pessoais. Tudo está interligado em um processo constante de natureza divina. A roda motora, a engrenagem divinal é o que move o Universo. Estás em meio a esse motor perfeito, que conduz cada um à perfeição espiritual que tanto almejas.
A transformação faz parte do processo de burilamento interior. Não cabe à espiritualidade tecer vossas vestes, nem preparar vosso alimento. Cabe a nós enviar as melhores receitas e temperos de bem viver.
Sois os atores de vossas próprias existências. O Mestre é o exemplo maior do trabalho, da fé e da Verdade.
Os anjos de guarda são auxiliares e acompanhantes na trajetória amiga que se estabelece entre os dois planos da vida. Não culpem os espíritos pelos vossos fracassos e quedas pessoais. Sois responsáveis pelo que fazem, pensam e emitem de energia ao vosso semelhante. O que fizeres será revertido na mesma medida para a própria existência. Portanto, levem a vida com mais seriedade, mas sem deixar que as preocupações excessivas sejam tormento a lhe tirarem a alegria de viver.
Conduz a vida com serenidade, paciência, tolerância e amor. Realizem o que puderes e não vos culpe pelo que faltou ser feito. Cada um tem o tempo reservado à encarnação e as tarefas a serem cumpridas. Realizem com primor o que estiver em vosso presente. O futuro é incerto e cabe a Deus nosso Pai, a nos perdoar, nos motivar e nos abençoar com Vossa Luz.
Sejais francos, não guardeis rancor demasiado. Perdoem vosso semelhante e peçais o perdão que lhe é devido. Todos irão chegar ao passo certo, mas depende da força de vontade individual.
As oportunidades sempre surgem no caminho, bastam apenas os olhos atentos dos que procuram a verdade e os valores da vida.
Semeie afeto, atenção e carinho. Não recuse esmola ou um pedaço de pão. Estenda a mão ao irmão, ao amigo e ao necessitado. Não trate diferencialmente as pessoas por sua hierarquia terrena, mas a todos de maneira igual. Somos todos filhos do mesmo Pai, irmãos em Cristo. Amemo-nos sem medo de sofrer ofensas. Amemo-nos sem mesmo ser amado, entendido ou preterido.
A vida é um mar de incertezas. Somos rodeados de verdades e inverdades, a nos conduzirem a um ou outro lado. Que modelo queremos seguir? Que valores nos são justos? O que queremos para nós e nossos semelhantes?
Se buscamos por um mundo de paz e redenção, cabe a nós começar o trabalho de servos do Cristo, que nos deu o exemplo em vida e em escritos. O que nos falta para assumirmos o cristianismo como nosso modelo de vida?
Por quantas encarnações ainda estaremos imersos no egoísmo e no orgulho? Ora, vamos amar! O que nos falta senão o que o outro tem em excesso?
O que falta ao nosso próximo, senão o que temos em fartura? Compartilhar, essa é a lição. Sejais caridosos, em palavras, atos e pensamentos. Não basta fazer o bem, mas pensar no bem, imantar amor, disseminar carinho e devotamento.
A auréola das boas práticas está depositada nas cabeças dos que amam, independentemente dos louros ofertados por Deus. O trabalho pelo Bem deve ser do coração e não por interesse pessoal. Tragam vossos irmãos para a construção de um planeta regenerado, que no momento chora a dor do arrependimento pelos atos insanos do passado.
O futuro é brilhante, mas antes haverá o mar das incertezas, as tragédias da natureza e as pedras a cair do céu material.
Os cataclismos hão de vir, mais cedo ou mais tarde, a depender do merecimento dos que estão na Terra.
Imaginais que a regeneração também ocorre no astral? São inúmeros neste plano a sofrerem as dores das pestes e da fome, das tragédias e sacrifícios.
As duras penas não são apenas dos que padecem na carne as mazelas do mundo. O outro plano também está a ruir em transformação e mudança para o bem.
São as dores que cabem a cada um, oriundas das vidas pregressas e dos males acumulados por centenas de vidas em erro.
São os atos equivocados a cobrar as consciências dos que tiveram acesso a Verdade e as relegaram pelo prazer e pelo individualismo cego.
Quantas oportunidades já tivemos em ofertar a mão e viver como irmãos? Foram centenas e milhares de oportunidades, muitas deixadas para a próxima existência.
Mas os minutos estão a cerrar os portais da nova era. São ainda muitos a deixar a Terra e muitos a adquirir valores para garantirem um assento no navio da renovação planetária.
As chances estão postas, desde o nascimento do Divino Mestre. O tempo se encerra em poucos anos e, mesmo que fique apenas a dor e a destruição, um novo mundo será construído para abrigar os que têm puro o coração e a verdade do Cristo em atos e exemplos.
Não temam o que há de vir. A morte não existe e sempre temos um amigo de luz a zelar por nós.
Preocupem-se em amar, servir e trabalhar, sem preocuparem-se com as angústias e as chagas do período das avalanches transformadoras.
O tempo é chegado. Restam anos de cegueira para os que ainda não percebem a verdade exposta em todos os cantos do orbe.
Chegará o tempo que todos os olhos serão limpos e cristalinos para que vejam a verdade e a sigam sem o temor dos que não tem fé.
Os anjos descem a nos guardar e estarão conosco até o fim do padecimento ilustrado nos livros históricos.
A justiça divina não é castigo ao filho ingrato, é Lei do Universo, que rege os planetas e espíritos, os conduzindo a novas moradas, espaços e os agrupando por sintonia espiritual. Fazem parte de grupos em regeneração e a hora do chamado é o testemunho diário da fé no Senhor e no nosso Pai Celestial.
Amem-se e construam o novo tempo que há de vir.
(Bezerra de Menezes e Dr. Ruy, 05/06/11)
Relato por Yvonne A. Pereira no 3º Congresso Espírita Brasileiro
Por espiritismo
O encerramento do 3ºCongresso Espírita Brasileiro, na visão dos Espíritos, relatado por Yvonne A.Pereira
Amigos e irmãos,abraço-os fervorosamente.
Nesta oportunidade, desejo compartilhar com os companheiros um fato relacionado
ao suicídio que resultou numa série de ações, desenvolvidas ao longo de 18 meses,
aproximadamente, mas cujo desfecho superou todas as expectativas,mesmo as
inimagináveis.
As regiões de sofrimento onde vivem os suicidas, de todas as categorias, são
inúmeras e vastas nos planos do Espírito. Brotam de um dia para outro, pois os
excessos da Humanidade têm reduzido o tempo de reencarnação para um número
significativo de pessoas. Os atentados contra a manutenção da saúde física, mental e
psicológica atingem cifras realmente assustadoras. A campanha em Defesa da Vida,
conduzida pelos espíritas, é ação que ameniza a situação. Mas algo mais intenso e
abrangente, que envolva a sociedade, urge ser desenvolvido. Assim, passamos ao
nosso relato.
Localizamos em determinado nicho, em nosso plano, uma comunidade de suicidas
vivendo em situação precária, em todos os aspectos. Chamava a nossa atenção que
tal reduto de dor nunca reduzia de tamanho. Ao contrário, contabilizávamos um
número crescente, dia após dia. Procurando analisar a problemática por todos os
seus ângulos, verificamos que no local, incrustado em espaço de difícil acesso, existia
uma espécie de "escola" - se este é o nome que se pode utilizar - cujos integrantes
se especializaram em indução ao suicídio: técnicas, recursos e equipamentos
sofisticados eram desenvolvidos para que encarnados cometessem suicídio.
O suicida era, então, conduzido à instituição e, sob tortura, a alma sofredora fornecia
elementos mentais que serviam de alimento à manutenção de diferentes
desarmonias que conduzem o homem ao desespero. Fomos surpreendidos pela
existência de tal organização e estarrecidos diante do fato, de como a alienação,
associada à maldade, pode desestruturar o ser humano. Após tomar conhecimento
dos detalhes, um plano de trabalho foi definido, depois que um mensageiro de
elevada região veio até nós. Durante algum tempo pelejamos para sermos
adequadamente preparados, inclusive aprendendo a liberar vibrações mais
sublimadas, a fim de fornecer a matéria mental e sentimentos puros que pudessem
erguer um campo de força energético ao redor do local.
Almas devotadas estiveram conosco permanentemente, instruindo-nos,
fortificando-nos e nos revelando a excelsitude do amor. Entretanto, era preciso fazer
algo mais. Desfazer a organização não representaria, em princípio, maiores
problemas; o desafio seria convencer os instrutores a não fazer mais aquele tipo de
maldade.Várias tentativas foram envidadas, neste sentido. Orientadores esclarecidos
da Vida Maior foram rejeitados e até ridicularizados. Nada conseguíamos com os
dirigentes daquela instituição, voltada para a prática do suicídio. Mas, a vitória
chegou, gloriosa, no final da tarde do domingo último,¹ quando, convidados a
participar do encerramento do Congresso, aqueles dirigentes presenciaram a
luminosidade do amor. Conseguiram, finalmente, ver o significado da vida, a sua
importância e fundamentos. Foram momentos de grande emoção que envolveu a
todos nós, quando uma nesga de luz desceu sobre os encarnados e desencarnados
no exato instante em que todos, em ambos os planos da vida, se deram as mãos e
cantaram a música em prol da paz. A nesga de luz se alargou, cresceu, envolveu a
todos.
A força do amor jorrou plena e, em sublime explosão, rompeu o ar, circulou sobre a
cabeça de todos, espalhou-se como poderosa onda para além do recinto, ganhando
a cidade.
Brasília se nimbou de luz, no solo, nas águas. À nossa visão estupefata e
maravilhada parecia que uma nova estrela estava surgindo. Os seres da Criação,
vegetais, animais e hominais, os elementos inertes, rochas e minerais, as
construções humanas, prédios, edifícios, avenidas, bancos, repartições públicas e
privadas, residências, tudo, enfim, foi banhado por luz pura e cristalina que jorrava do
Alto. Célere, a bela luminosidade espalhou do coração da Pátria para todos os
recantos do Brasil, das Américas, da Europa, África, mais além, no Extremo e Médio
Oriente, atingindo todos os continentes, países e cidades. Alcançou os polos do
Planeta, girou em bailado sublime, por breves minutos ao redor da Terra e se
prolongou mais além, emdireção ao infinito.
Jesus tinha se aproximado do Planeta, em brevíssima visita de luz, amor e compaixão.
Jamais presenciei tanta beleza e tanta paz !
Com afeto.
YVONNE PEREIRA
(Mensagem psicográfica recebida por Marta Antunes de Moura, na Federação Espírita Brasileira, e Brasília, no dia 22 de abril de 2010)
POEMA DA GRATIDÃO
Por Divaldo Pereira Franco
Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.
Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.
Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.
Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu seique depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!
Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!
Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!
Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!
Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!
Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!
Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!
Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!
Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.
Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!
Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for.
Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!
Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um tecto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi
Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!